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Vulnerabilidade




Sabem por que motivo as pessoas escondem a sua vulnerabilidade?

Porque alguém, um dia, aprendeu a manipular e a controlar através dela e ensinou-o a todo o resto do mundo.



A vulnerabilidade começou, assim, a ser encarada como uma fraqueza em que eu baixo as minhas defesas, abro o meu coração, entrego-me e fragilizo-me perante alguém em quem supostamente confio. Confio porque não acredito no mal e assim não espero que, daí, saia traição.

Mas, às vezes, sai, porque pessoas que acreditam no mal, na falta de ética e de respeito pelo semelhante, começaram a perceber que poderiam utilizar os momentos de fragilização para manipular conforme os seus próprios interesses, ter a pessoa na palma da mão ou levá-la a atuar e a pensar de forma a não por em causa o seu próprio conforto, os seus planos e, até, para a pessoa em questão. São capazes de magoar, ridicularizar, desacreditar, ignorar, chantagear através desta abertura concedida pela pessoa que se vulnerabilizou e se deu a conhecer de corpo e alma.



Perante isto, a sociedade aprendeu a fechar-se, a proteger-se, optaram por não vulnerabilizar, pois, associaram a algo suscetível de ser atacado. O pior é que muitos não só se deixaram de vulnerabilizar perante os outros, como também perante a si… e deixaram de dar importância ao que sentiam, deixaram de dar importância a si.

Esta é uma perspetiva de vida com base no medo, no receio, no trauma, na insegurança, nos conceitos atuais que, como tantos, são contrários à fé, à evolução, à humanidade.


A vulnerabilidade expressa-se através do coração (que é autêntico) e só um coração consegue falar a outro coração, mesmo endurecido; só um coração que sente pode compreender outro alguém que sente. Só um coração pode ser aconchegado e aconchegar… E sentimos paz quando estamos aconchegados. Logo, ser vulnerável é trazer paz, criar paz, contribuir para a harmonia.
Harmonia é ausência de falsidade, de secretismos, de enganos, de violência.
Logo, ser vulnerável é ser forte, é, mais do que isso, é ter poder para mudar ou influenciar o mundo.

E o único ajuste que se deve fazer é aprender a abraçar-se, ouvir-se e respeitar-se quando se está vulnerável, não depender de qualquer outro conforto, e desenvolver autoconfiança, para que no momento da minha vulnerabilidade, ninguém me consiga destituir da minha verdade, julgar-me e manipular-me, e, aí, será como esmurrar a própria água: parece mole e inofensiva, mas se eu embater nela - vai doer!

E então?...

Vulnerabilidade… é fraqueza ou poder?...

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