Nós somos ensinados de que existe o certo e o errado. O perfeito e o imperfeito. O bem e o mal. E, na verdade, até existe essa oposição e atribuímos conceitos aos opostos como por exemplo: certo versus errado.
Mas nem sempre as coisas são assim tão lineares e precisamos experimentar ambos os lados para identificar cada um e depois escolher.
Assim, muitos quando fazem uma escolha consciente e depois nos atos fazem, precisamente, o oposto, desenvolvem uma culpa e uma exigência e passam a carregar uma espécie de cruz. Aparecem o esforço, o controlo e a vigilância dos próprios passos como se estivessem a falhar, ou, em risco de "perder" para o lado contrário.
Contudo, a vida não é assim. A filosofia da vida não é tão fundamentalista e não classifica as ações. Pois, ela tem com única função, a de oferecer uma panóplia de experiências e oportunidades para que cada um possa esculpir a sua própria obra de arte. Cada um sabe o que quer ser e onde quer estar. E cada um pode mudar de ideias, não há problema. E, às vezes, para perceberem o que querem precisam experimentar o outro lado, ou outros lados, ver o que corre bem e o que corre mal e depois, sim, considerar as suas escolhas . Mas até lá será um pouco por tentativa erro, sem exigência, sem culpa, sem magoar, pedir perdão, compensar e mudar.
Viemos cá para mudar. Qualquer tentativa de manter e estagnar será altamente prejudicial.
Mas temos de nos permitir a tentativa erro para praticar, para perceber como tudo funciona, para se tornar um expert.
Condenar não nos leva a lado nenhum mas consertar, sim. Só se conserta algo que está quebrado ou defeituoso, ou que, pura e simplesmente, ainda não está concluído.
Quer isto dizer que, antes de se alcançar a perfeição, às vezes, é preciso estragar.
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