Nesta época de quarentena devido à pandemia provocada pelo Corona vírus, a vida sexual das pessoas também tem tido um foco especial. E o que mais temos visto é uma de três realidades: casais obrigados a afastarem-se(namorados, flirts, encontros casuais); casais com mais tempo para desfrutarem e melhorarem a intimidade; ou, pessoas a perceberem que já não existe química com o atual parceiro e que o casamento não vai muito bem.
Na sequência do que tenho dito aqui, o Covid-19, vírus da pandemia, vem para equilibrar muita coisa desequilibrada e uma delas é a sexualidade.
O prazer sexual está ligado à espiritualidade, porque o orgasmo é equivalente “ à eternidade na matéria” ou seja, a sensação de Uno aqui no nosso mundo. E é o regressar a casa que todos procuram. Mas o sexo tornou-se algo bastante banal e vulgarizado, onde grande parte das pessoas está focada na parte corporal negligenciando a conexão ou a ligação emocional.
E só por curiosidade: Sabiam que um beijo pode ser muito mais prazeroso do que o toque direto na área genital?
Uma troca de olhares pode incendiar e ser bem mais excitante do que o corpo, propriamente? – São prazeres mais subtis e que pressupõem uma conexão de almas.
Mas, hoje, com a facilidade com que se troca de parceiros, há pessoas que nem conhecem as sensações mais subtis e então, às vezes, nem desfrutam bem da relação sexual porque estão preocupados com as suas performances ou corpos físicos, ou pior, nem estão preocupados com o parceiro e só estão mesmo na busca da satisfação das suas necessidades.
O mais grave desta situação é que pouca gente desconhece que o sexo é uma troca energética e os parceiros trocam bagagens emocionais, não só suas, mas de todos os anteriores parceiros que já estiveram com cada um deles. Isto é, um homem quando se envolve intimamente com uma mulher leva com ele o seu karma e seus aspetos, e de todas as mulheres anteriores com quem dormiu, ou continua a dormir, e vice-versa.
Ora, se no sexo trocam-se fluidos onde estão alojados ADN, toda a memória emocional armazenada no corpo, não há como impedir que essa troca aconteça a nível energético. Resultado, vemos por aí pessoas com vários parceiros sexuais a adotarem energias e karmas dos companheiros e as consequências poderão ser tremendas, se a pessoa não souber limpar e transmutar essas energias. E para isso tem de se conhecer muito bem para identificar emoções ou comportamentos que não conferem com a sua verdadeira identidade.
Além dessa bagagem, fica criado um laço entre pessoas, mesmo que elas se afastem, e é por essa razão que pessoas passam a ficar deprimidas se dormiram com alguém deprimido, assumem atitudes bipolares se se envolveram com bipolares e assim por diante. Também se desenvolve uma conexão telepática em que o estado de espírito de um pode ser sentido pelo outro, sem se aperceberem desse facto. Por outro lado, se estiveram com alguém com energia elevada, limpa e já sem muita densidade, acabam por beneficiar imenso, uma vez que o parceiro transmuta a energia indesejada propiciando, inclusivamente, a cura. É o que faz um terapeuta tântrico, por exemplo.
Poderão perguntar-me se será justo…abrir mão do prazer por receio de ficar preso energeticamente a outras pessoas. Não sei responder. Mas a verdade é que muito se alterou no mundo e muitas coisas que deveriam ser de uma maneira, estão invertidas e acredito, seguramente, que a sexualidade é uma delas.
Mas, também, vejamos, quem encara a sexualidade como busca de prazer carnal e satisfação das necessidades, acaba por não desfrutar do verdadeiro prazer em todo o seu potencial e que atinge níveis às vezes jamais experimentados: o sexo sagrado, por exemplo, em que há amor envolvido em que a energia masculina se funde na totalidade com a energia feminina. Em que o ato sexual é uma cena de arte repleta de beleza e em que as sensações são indescritíveis. Quem consegue alcançar este estado, seguramente não quererá abrir mão dele e partir em busca de outra coisa ou sentir curiosidade por outro corpo.
Isto não se aplica só às mulheres, aos homens também, pois eles podem ejacular e ter aquele prazer momentâneo, mas o prazer será muito maior se estiverem com a mulher que amam ou por quem estão apaixonados.
Só quem já sentiu, pode compreender. Quem nunca sentiu, obviamente, que vai continuar satisfeito em busca de alguém que preencha o seu buraco. Sim, porque, à conta de terem recebido a energia de tantas pessoas, já não sabem qual é a sua energia verdadeira, estão vazios e então precisam urgentemente de preencher esse vazio.
Posto isto, o que eu recomendaria como Art Healer? Uma sexualidade equilibrada, a busca do Uno, a entrega e a vontade de descobrir o outro na sua totalidade, mesmo que seja por pouco tempo ou que a relação não seja duradoura.
Se for uma questão de aliviar necessidades fisiológicas, há várias formas de o fazer sem a existência de um encontro casual. A masturbação, por exemplo, não me perturba de todo, considero até uma mais valia para se conhecer o próprio corpo e poder transmitir ao parceiro ou conduzi-lo nos momentos íntimos. Acaba até por ser uma estratégia para quebrar rotinas, ou uma proposta de uma viagem pelos sentidos bastante surpreendente e divertida para ambos.
A meditação também é uma boa opção, praticada com muita frequência, conduz-nos a estados de êxtase, às vezes, muito melhores do que um encontro físico.
É só uma forma de procurar algo que tenha mais a ver connosco próprios.
Lamento dizer para quem não quer ouvir, mas é uma grande responsabilidade a decisão de com quem queremos nos partilhar.
Mas há boas notícias, existem meditações e limpezas de cortes energéticos que podem ajudar, mas não é o suficiente para se ignorar que a sexualidade é algo muito importante e transcendente e que é uma forma de poder que pode nos ampliar ou desempoderar.
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