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Foto do escritorVilma Vieira

Para bem da sua vida: Comunique!


Tem algo para dizer e não sabe como? Algo entalado na sua garganta que não consegue verbalizar mas também não consegue esquecer? Até porque a tendência é para que esse incómodo aumente e comece a criar bloqueios no seu corpo. Ou então, já os tem e por essa razão é que não consegue expressar-se. Há aqui vários pressupostos que devemos analisar:


Primeiro, o que tem para dizer é positivo ou negativo? Se é positivo, poderá contribuir para a felicidade da pessoa ou é algo que a pessoa gostaria de ouvir? É negativo e nesse caso estaria a antecipar uma reação negativa e é dessa reação que tem medo? Ou não sabe que reação vai receber e aí é que reside o problema?... Alguma decisão terá de tomar porque se não compartilhar o que tem dentro de si vai estar prisioneiro dentro numa bolha de insatisfação e entre os milhentos monstros que a sua mente poderá produzir ao imaginar os piores cenários.

Que piores cenários poderão ser esses? A crítica, a rejeição, o julgamento, a ridicularização, a exposição. Qualquer que seja destas hipóteses, estaremos a falar de uma dor traumática escondida e que precisa ser encarada e libertada.


Que conselhos daria para cada uma dessas situações? No caso de uma situação positiva, como sempre sugiro a Arte - seja criativo. E comunicar não significa essencialmente verbalizar. Há todo um conjunto de tipos de linguagem não verbal que são bem mais eficazes e até são bem mais especiais e inesquecíveis:

1- Escreva uma carta, o facto de a pessoa não estar frente a frente consigo alivia o seu constrangimento do momento em que está a expressar-se.

2- Dedique uma música, e se conseguir, explique o motivo da dedicatória.

3- Se preferir antes as artes plásticas ou a pintura, crie uma obra de arte, mas, definitivamente, explique o seu significado. Às vezes os rodeios de uma conversa podem ser bastante úteis.

4- Grave uma mensagem de voz e envie.

As possibilidades são infinitas….


Caso a sensação seja negativa:

1- Ensaie o seu discurso numa carta, mesmo que não a envie. Ajuda-o a por em contacto com as suas maiores dificuldades na questão e a viver, em primeira instância, as sensações mais desagradáveis. A partir daí, sempre que voltar a centrar-se no assunto, será um pouco mais fácil ou menos difícil.

2- Poderá chegar mesmo a enviar a carta ou a mensagem de voz, não se trata de um ato de cobardia mas está a dar o seu melhor e a ser verdadeiro consigo mesmo e a libertar a sua alma. Este é o ponto mais importante de todo o processo: aliviar o seu estado de espírito. Se correr bem, o desafio fica superado, nunca mais terá tanto medo de se expressar. Por outro lado, se correr mal, não há nada a fazer, o desafio é ultrapassado, encara a lição de vida e faz o luto. Se for difícil estarei ao seu dispor para ajudar.


Comunicar é extremamente importante e um bloqueio pode por em causa todo um sistema. Imagine o corpo humano: o cérebro comunica com os órgãos e todos eles comunicam entre si para garantir que tudo funcione bem. Se algo falhar ou bloquear, uma doença é gerada. Agora faça um paralelismo à sua vida: Os relacionamentos, por exemplo: a não comunicação pode dar origem a mal entendidos que causam julgamentos, acusações e cobranças, como se se tratasse de algo cancerígeno, quando o mal maior poderia ter sido evitado, à partida, num ato de comunicação. Outro exemplo, a passagem de pastas em trocas de turno ou de funcionários. Um facto omitido pode ser crucial e trazer consequências graves para o trabalho em curso ou pessoas ou empresas envolvidas.São apenas pequenos exemplos de má comunicação.


Resumindo: A falar é que nos entendemos.

E, em muitos casos, a falar é que nos curamos.

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