O que faz uma mulher agarrar-se a um homem?
O que a faz desesperar quando paira no ar uma ameaça de abandono ou de concorrência na área?
O que a faz sacrificar o seu futuro, o seu presente, os seus sonhos e objetivos para provar que ela é a melhor opção?
O que a faz acreditar que quando reage, faz fitas?
O que a faz concordar com tudo para que não quebre a paz ilusória, ou para que não se desiluda com a desilusão do homem?
O que a faz lutar?
Agarrar tanto a algo que é muito bom mas, às vezes, senão a maior parte delas; é mau ou péssimo?
Seja por carinho pelos mimos que tem em falta, o abraço que a amparou uma primeira vez, o sentir-se olhada e vista de alguma forma, o prazer que pode ter sido em conexão (ou não) mas que ela sempre acha que sim. O medo. De perder toda uma felicidade que sentiu física e/ou emocional e que ela não consegue controlar.
O que faz uma mulher tentar salvar “ um amor” que a agride, que desvaloriza os seus talentos, a sua opinião- disfarçadamente mas visível, que a culpa pelas suas variações de humor e a responsabiliza pelos azares da sua vida?
Carências, traumas, desconhecimento de si mesma, dores, feridas, crenças, o que quer que seja, é um facto muito importante que tem de ser observado, acarinhado, investigado e tratado. A fim de preencher esses buracos criados pela própria sociedade ao longo dos tempos transmitidos geneticamente de geração em geração, aprendidos como forma de empoderamento e sucesso, honrados e perpetuados em arte e publicidade.
Porque, vejamos, uma mulher que realmente quer ser feliz nunca iria alimentar algo que lhe devolve o contrário. Uma mulher realmente inteira não se apegaria a nada porque não sentiria necessidade. Não haveria espaço.
Isso não significa que não ame. Mas é que o amor é inteiro e o apego é vazio. Se estou inteiro, não me falta nada, não sofro. Mas se estou vazio tenho de me satisfazer. Certo?
Então?
Como ajudar essas mulheres que se agarram aos homens que as diminuem, esquecem ou arrumam numa mesma prateleira como tantas outras, ou, que as trata como prioridade mas manipula por meios destes “ buracos” que mencionei?....
Mudando e percebendo as perspetivas. Avaliando os próprios padrões de merecimento. Comparando esses mesmos padrões, pois, muitas vezes, é mesmo a nossa forma limitante que nos faz aceitar padrões mínimos.
Abrir-se para o mundo, para si, para a descoberta, para a aventura, para o seu leito de amor.
E, a pouco e pouco, esses buracos vão enchendo, ganhando cor, transformando-se na sua obra de arte. E assim, já não mais precisará de se agarrar a um homem.
Os dois apenas se encontrarão, levando beleza extra aos seus respetivos mundos.
E as palavras “ agarrar” “lutar” “trocar” “abandonar” não farão sentido.
Porque tudo acontece.
Como o Amor; Acontece.
Ser Mulher é Ser Amor.
Logo, a Mulher, acontece!
Yorumlar