top of page
Foto do escritorVilma Vieira

Jocker



Nunca senti tanta compaixão por um vilão!



Esta semana fui ver o filme “Joker” de Todd Philips, que está a fazer muita sensação na arte cinematográfica, quer pela forma como a personagem da Banda Desenhada “Batman” foi explorada, quer pelo magnífico desempenho do autor Joaquin Phoenix.

Ver este filme, confesso, foi extremamente difícil para mim. Pois, sendo empata, facilmente entrei no mundo psicológico e emotivo daquela personagem que experimentou imenso sofrimento e foi vítima de imensa crueldade por parte da sociedade.


Não querendo divulgar informação sobre o filme, vou apenas comentar que experimentei imensa tristeza pela forma como a sociedade trata camadas vulneráveis em momentos em que mais precisam de apoio e compreensão. Esta personagem do filme, é, constantemente, bombardeada com acontecimentos violentos de natureza física e emocional, que faz parecer crer que não haveria melhor coisa a fazer do que se transformar num assassino psicopata.

Ao vermos o filme, até chegamos a ficar satisfeitos com essa transformação! Houve cenas em que só me apetecia dar-lhe um abraço.


Este filme retrata parte de uma realidade infeliz neste mundo, e que nos faz perguntar se Deus sequer existe. “Como pode Ele permitir que um inocente seja alvo de tanta injustiça?” Mas nada acontece sem uma razão de ser e essa razão pode estar em vidas passadas muito lá atrás em tempos em que fomos nós a personificação da injustiça e, então, teremos que experimentar as mesmas circunstâncias a que submetemos, na altura, as nossas vítimas..


Mas, então, no presente quando passamos por episódios extremamente dolorosos em que, às vezes parece que não existe outra alternativa senão responder na mesma moeda, o que devemos fazer?...
Um terapeuta verdadeiro nunca foi tão importante. Ou, simplesmente, procurar um ombro amigo para nos apoiar.

As nossas emoções são um universo fechado, um emaranhado de fios como um novelo de lã desfeito em que é necessária muita paciência para entender a razão de muitas dores e tristezas, defeitos mentais e desilusões.

A “viagem” é longa, mas necessária…para que não sejam necessários mais Jokers – Pois, esta foi a única forma que o personagem do filme encontrou para suportar a sua Dor- transformando-se numa Piada Negra e Aterradora…

Comments


bottom of page