Quando nos surge uma ferida, ela não vai desaparecer logo em seguida.
Na verdade, ela vai sangrar, aumentar, doer e iniciar um incómodo prolongado.
Não há volta a dar.
O corpo reage e nós não temos como impedir a sua fala nem a sua linguagem.
Mas serão precisos cuidados:
Desinfetar (Purificar)
Cobrir (Proteger)
Parar/Imobilizar (Analisar, deixar doer, processar)
Mas, se eu ignorar esta ferida, eu corro o risco de a rasgar ou inverter o processo de cura.
Também não há volta a dar.
É preciso terminar o processo.
Aceitação. Paciência. Cuidado. Amor. (Vejamos os animais como lambem as suas feridas)
E esperar para ver o que vai acontecer.
Assim é a vida...
Não podemos ignorar os momentos para chorar as feridas, muito menos acelerá-los ou interrompê-los.
Elas obrigam-nos sempre a voltar... até ao dia em que, ao retirarmos o penso, o gesso, a compressa; esteja apenas um desenho ou cicatriz... apenas um prémio que comprova que passámos no teste com distinção!
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