A vida é generosa e abundante. Muita gente o diz mas não acredita.
Como, se cada vez que ela nos dá o que sonhamos, nós rejeitamos sem saber?
Negamos. Receamos. Combatemos. Sem nos apercebermos, somos os nossos piores inimigos porque só podemos viver o que acreditamos.
O que tem isso a ver com o amor? O partilhado e experimentado com outra pessoa?
É que muitas vezes, a vida presenteia-nos com situações e pessoas que nos fazem bem, despertam o melhor em nós e ativam o nosso chakra cardíaco do coração. E, subitamente, quando deixamos de ligar ao que sentimos e passamos a analisar, transformamos aquela pessoa e aquela situação numa história que já conhecemos. Atribuímos-lhes pormenores, características, defeitos e, como estamos de tal maneira convencidos desses factos com base em realidades já experimentadas no passado e que doeram, emanamos esta convicção e criamos uma realidade diferente da que nos foi apresentada em primeira instância, com toda a pureza e autenticidade e transformarmos -na numa nova verdade, não mais nem menos do que a continuidade das velhas dores e padrões. Rejeitamos o Amor que nos foi oferecido de bandeja pela vida generosa e abundante.
É por esta razão que é tão importante que prestemos atenção a estes momentos em que o que era tão bom se transformou. Na verdade, não se transformou. Foi denunciada uma dor ou um trauma, ou algo que sabotava o amor e, como sabota terá de ser retirado ou curado. Como o pó que não deixa o mais bonito dos objetos brilhar ou a sujidade de um diamante.
Se nos convencermos de que o problema não está fora ou na pessoa mas em algo dentro de nós, se o confrontarmos e aceitarmos, perceberemos então o quão temos muito para agradecer já que eramos nós as circunstâncias e as características que estávamos a projetar nessa mesma pessoa.
E que elas só estavam lá para nos ajudar a fazer ajustamentos com vista a sermos o melhor de nós próprios e depois, quem sabe, também elas se revelarem como a melhor versão delas próprias.
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