Art Healing e o cancro
- Vilma Vieira
- 2 de set. de 2019
- 3 min de leitura

Foto de Elle Hughes
Não há pior notícia do que saber que se tem uma doença cancerígena, ou que se tem apenas algum tempo para viver.
Infelizmente, chegar a este ponto é apenas a vida a comunicar-nos o que nós temos feito a nós próprios.
A vida é um espelho do nosso interior e, se “cá fora” está a ser tirada a oportunidade de viver bem, ou de se viver, é porque dentro de nós não o temos feito.
E não o temos feito por inúmeras razões:
Porque estamos preocupados a tratar mais dos outros, às vezes dos nossos próprios filhos ou família; porque estamos sempre tristes e deprimidos e já não nos animamos com nada, porque não escutamos as nossas próprias necessidades, porque achamos que não merecemos, enfim, por uma série de razões que são fortes o suficiente para afetar o nosso corpo, se não as resolvermos dentro de nós.
Quando se enfrenta uma doença como o cancro, há um alerta vermelho bem destacado que a vida está a dar: o que tenho estado a fazer não me faz bem. Ou, pelo contrário: o que estou a deixar de fazer, e, por isso, não estou bem.
Dependendo do grau de avanço da doença, ou se nos apercebermos do que podemos mudar em nós, o cancro pode ser revertido. Eu já tratei de situações, em que uma pessoa estava em fase inicial de um cancro no útero, e que após tratamento, o tumor desapareceu para surpresa do médico especialista que a acompanhava. Mas, por outro lado, vai depender do quanto a pessoa está disposta a colaborar para se tratar, ou pelo menos, para desfrutar ainda dos dias que lhe restam.
Eu sei que isto que digo pode chocar e parecer cruel, mas é verdade. Se a vida vai acabar, porque não aproveitar cada hora junto de quem ama e fazer o que sempre sonhou, nem que sejam as coisas mais ridículas! Ao proceder desta forma, está a alimentar as células com energia de bem estar, alegria, prazer e aí é que está o segredo da cura: Uma pessoa com uma disposição mais animada cura-se muito mais depressa do que outra que está triste, que se rendeu e que espera o pior.
Assim, o que eu recomendo?
- Cante. Mesmo que ache que não sabe cantar. Vá ao seu baú das músicas que marcaram os seus melhores momentos ou a infância e cante: no chuveiro, a cozinhar, onde lhe apetecer.
- Faça uma lista de tudo o que quis fazer e ainda não concretizou até ao momento, se possível, em conjunto com os que ama. E quando viver esses momentos, desfrute o prazer e não com nostalgia de que será a última vez na vida, dessa forma, estará a boicotar o processo.
- Ria-se: Veja filmes de humor, leia livros, tudo o que lhe permita dar boas gargalhadas. Daquelas de doer o estômago.
- Esteja na natureza, conecte-se com ela, desfrute e deixe-se reenergizar, vai ver que fará toda a diferença.
- Escute-se, fale consigo, de certeza que saberá qual a melhor estratégia que pode fazer para o deixar animado.
Com estes pequenos truques, estaremos a enviar para o cérebro informações de alegria, leveza e beleza, informações para as células que irão promover a mudança.
Nós nunca sabemos o dia de amanhã. Só Deus. E quem sabe tudo muda?
Pois, quando existem possibilidades, a vida sempre nos dá uma nova oportunidade!!!
Comentarios