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Dizem que para se vivenciar o Amor é preciso experimentar a Dor. Porque o Amor é o sentimento que mais dor provoca. Como estamos no mundo da dualidade, temos de vivenciar os dois lados tal como a noite e o dia, o claro e o escuro, o bem e o mal.
O problema é que o que nós desenvolvemos para escapar à dor: padrões de comportamento, distrações, máscaras para não sentir algo que, às vezes, é tão insuportável.
A raiva, revolta, a agressividade, a vingança são exemplos de dor mascaradas. Nós não aceitamos porque nos parece injusto e então reagimos. Porque ela pica, corta, queima.
A verdade é que quanto mais resistimos à dor, mais ela dói. Quanto mais a recusamos, mais ela fortalece, quanto mais a negamos mais ela bate à nossa porta.
Então, mais vale senti-la de uma vez por todas. Não é à toa que quando passamos pela experiência de arrancar um dente, ou fazer um curativo, quanto mais relaxados e menos tensos estivermos, mais rapidamente o processo se conclui.
Mas é difícil encarar uma dor. Sabe-se lá por quanto tempo ela vai ficar. Será um dia? Uma semana? Um mês? 1 ano? É um luto que precisamos fazer e que não foi feito até então. Chama-se Karma.
Portanto, quando alguma circunstância difícil bater à sua porta, lembre-se que pode ser o karma a convidá-lo a terminar o luto. Aceite, entregue-se porque seguramente vai passar. Aliás, só passa quando se aceita. E depois o mundo volta a florir e estamos livres para outras experiências positivas.
Não é fácil lembrar deste facto quando estamos a sofrer, procure apenas lembrar-se de que quanto maior a resistência, maior a dor. Então, mais vale enfrentar de uma vez por todas. E amanhã será um outro dia…
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